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Salvação felina

Antigamente eu temia o dia em que Srta. Garrinhas, minha gata, dominaria a humanidade. Hoje só quero que isso aconteça logo. Estamos precisando.

"(...) 
Srta. Garrinhas estala seus dedinhos felinos. O chão treme de leve. Um barulho metálico te faz olhar pela janela. Lá fora, no meio da rua, um portão no asfalto está se abrindo e, por ele, ascende o robô gigante de dominação mundial da gata magnânima. Megalasers nos seus braços e pernas brilham suave com a energia concentrada já aquecida para o combate. O cheiro do plutônio enriquecido se mistura com o de algo queimando. Enfim os pés propulsores surgem com o chão da plataforma e ele para de subir. Sua cabeça, com o centro de comando, cobre o sol na sua visão. Sua casa inteira foi engolida pela sombra do titã.
Srta. Garrinhas pula no beiral da janela.
— Prepare minha comida para o horário normal às dezoito horas — ela diz, olhando para você por cima do ombro. Termino tudo até o final da tarde.
(...)"

- As Crônicas de Niazinha XI: Ultimato. BOLINHOS, Niazinha. Rio de Janeiro, 2019. p. 9000. Romance não publicado porque não existe.



Obs.: Fazia anos que eu não postava uma crônica da Niazinha! Que saudade. Aproveitei e fiz essa lista no Twitter com as 10 anteriores que publiquei ao longo dos anos. É só clicar para abrir. Divirtam-se!

Spoilers - pt.2

O que eu realmente queria fazer quando sai um episódio novo do seriado que eu gosto mas não pude ver e o mundo inteiro fica falando spoilers nas redes sociais

"(...) 
Ela bateu o martelo e o prego entrou até o fim na porta. A última tábua estava presa. A garota enxugou a testa e admirou seu trabalho. Todas as janelas e entradas da casa estavam devidamente cerradas pela madeira. Ela sabia que isso não os pararia, mas seria um adianto.
A garota voltou para os restos da mesa em escombros no centro da sala e recolheu seus armamentos. Prendeu as facas da cozinha nas coxas, as pistolas na cintura, a besta nas costas. A espingarda levou nas mãos mesmo. Puxou uma cadeira até o corredor da entrada. Sentou e apoiou a arma com a mira sempre apontada na direção da porta.
— Eles estão vindo — ela disse à gata cinza observando-a ao lado de uma luminária estilhaçada no chão.
Não demorou muito para que o cheiro pútrido da morte invadisse a casa. Era o prenúncio da sua chegada. Um guincho cortou a noite quando algo arranhou uma janela na sala. Então outro zuniu da cozinha. E outro. Uma batida. Um soco.
Um grito.
Logo toda a casa estava cercada pelos barulhos enfurecidos daqueles que queriam entrar.
A garota levantou da cadeira. Carregou a espingarda com um click. Era hora.
Os zumbis de spoilers haviam chegado para pegá-la, e não descansariam até que já tivessem lhe revelado cada uma das mortes de todas as temporadas de Game of Thrones. Mas ela não sucumbiria sem lutar.
(...)"

- As Crônicas de Niazinha VIII: o Apocalipse Spoiler. BOLINHOS, Niazinha. Rio de Janeiro, 2015. p. 23. Romance não publicado porque não existe.

Tirinha: Spoilers - pt. 1

Adeus, Orkut

 
"(...)
As primeiras notícias sobre O Fim chegaram como sussurros às Terras Esquecidas de Orkut, uma brisa suave passeando por onde há muito tempo ar nenhum se mexia mais. Os Esquecidos que lá viviam não acreditaram, no início. Já estavam congelados no passado há tanto tempo, por que algo mudaria agora? Mas os sussurros não se calaram, e a brisa tornou-se furacão, conforme inúmeras outras vozes dos reinos distantes do Futuro se juntavam ao coro que lamentava a notícia. 
O Fim era real, mas nem uma lágrima foi derramada pelos Esquecidos de Orkut. Eles haviam vivido momentos inesquecíveis no passado, é verdade, mas seus mestres já haviam partido há muito tempo. Deixados para uma eternidade de solidão e silêncio, O Fim seria uma libertação.
Quando o dia derradeiro chegou, cada um dos Esquecidos se levantou pela última vez. As traças caíram de suas roupas aleatoriamente combinadas, e os fios de aranha se romperam quando suas cabeças enormemente desproporcionais se afastaram do chão. Um a um eles levantaram os dedos retangulares ao céu. Seus polígonos foram se desfazendo, brilhantes partículas de dados e memórias, até desaparecerem na grande névoa roxa que trazia e levava o Fim embora.
Enfim livres, suas almas subiram para o céu - ou para onde quer que as almas dos buddypokes vão pela eternidade.
(...)"

- As Crônicas de Niazinha V: as Terras Esquecidas. BOLINHOS, Niazinha. Rio de Janeiro, 2014. p. 65. Romance não publicado porque não existe.




Obs.: Será que eu viajei demais dessa vez?

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