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Chorando no cinema

Enquanto as outras pessoas costumam chorar quando vão ao cinema com momentos muito tristes, eu choro quando estão acontecendo coisas muito legais, com pessoas sendo poderosas, e mulheres salvando o mundo.

Ok, é parcialmente mentira. Eu choro nas cenas tristes também. E nas felizes. Eu choro com qualquer coisa, na verdade. O que é engraçado, porque eu não lembro de chorar nunca assistindo a qualquer filme quando era criança. Quanto mais envelheço, mais mole fico. Parece que vou aprendendo a valorizar coisas que não entendia no passado. E eu achava que a vida ia me endurecer, hahahah. Acabou sendo o contrário, nesse caso.


Tweet não relacionado, porém ainda motivacional do dia:

Prioridades da sociedade

Mesmo que a mulher seja uma diva gênio com centenas de prêmios Nobel, tudo o que a sociedade quer saber é se ela bonita e o que faz para se manter em forma.

Mesmo com todas as lutas igualitárias que temos hoje, o incentivo para ingressar nas carreiras científicas é bem maior para homens brancos que para mulheres e negros. Antigamente, então, a desigualdade era ainda mais drástica, quando por centenas de anos esses grupos não-dominantes eram proibidos de estudar ou atacados por tentar. E isso me faz sentir uma mistura de pena com revolta enorme. Quantas mentes brilhantes nós deixamos de descobrir na história da humanidade, descriminados que talvez virassem grandes gênios se tivessem sido permitidos o acesso à ciência? Quantas descobertas revolucionárias nós perdemos por aí?

Heroínas pouco práticas

Como eu realmente vejo algumas heroínas pouco práticas que andam seminuas sem motivo: como alvos humanos

Conversando com as colegas da collab Girl Power! no outro dia, percebi que existe um número enorme de personagens de games e quadrinhos que andam seminuas, apesar de isso atrapalhar sua profissão de, digamos, espadachim-que-definitivamente-precisa-de-armadura, porque têm personalidade: "é sensual e sexy e gosta de provocar". Sabem quantas mulheres reais eu conheço com essa personalidade? NENHUMA. Algumas podem até agir assim de vez em quando, mas é algo pontual, não uma tendência 24 horas por dia que as define como pessoas. E claro, existem celebridades e atrizes pornôs que parecem ser assim, mas já pensaram que isso pode ser só uma personagem que elas encarnam para alavancar a carreira?

Mas a minha intenção aqui não é ser puritana nem nada. Se as personagens querem mostrar o corpo, elas têm todo o direito. O corpo é delas. Aliás, usar a roupa que quiser e se orgulhar de si mesma é uma forma de empoderamento. O problema é que as personagens como a dessa tirinha não são feitas para si mesmas, nem têm personalidades reais e interessantes. São feitas apenas para agradar os homens. Ao invés de quebrarem preconceitos, reforçam uma imagem pejorativa de que mulheres só servem como objetos para satisfazer os desejos masculinos. E se existe uma quantidade tão avassaladora dessas personagens nos jogos e quadrinhos, qual é a impressão que fica para todas as milhões de pessoas de ambos os gêneros que os jogam ou os leem? Muito sexista, eu garanto. O que, por consequência, impacta negativamente na forma como eles se relacionam na nossa própria sociedade. Talvez seja esse um dos principais motivos de o ambiente nerd ser tão hostil com as garotas.

Mas as coisas estão mudando. Estamos ganhando voz e aos pouquinhos vamos conquistando nosso espaço. E aí está o Dia Internacional da Mulher para comemorar essas nossas lutas e tantas outras. Parabéns a todas as mulheres, queridas! °ᵕ°



Falando nessas heroínas com roupas pouco práticas, é com enorme prazer que é lançada hoje a nova edição da Girl Power collab! 50 ilustradoras brasileiras se reuniram para repensar o figurino de 50 personagens marcantes da ficção que julgamos objetificadas. A intenção era tornar suas roupas mais funcionais e reais de acordo com a profissão e personalidade de cada uma. A personagem que fiz foi a Yoko, do anime Gurren Lagann. O que acharam? Tem outros redesenhos LINDOS no álbum do Facebook, não deixem de ir lá conferir! :D


Batom perfeito

O que realmente acontece toda vez que eu passo o batom perfeito na maquiagem

Em todos os 13,8 bilhões de anos do universo, com todas as suas supernovas e buracos negros, nenhuma força se mostrou mais poderosa que a de atração entre gloss labial e o meu cabelo.




Rio de Janeiro, só pra lembrar que é esse sábado o próximo evento comigo! Pra quem quiser conquistar o seu Como eu realmente: vol.1 autografado ou só vir trocar uma ideia, vou participar do 9º Evento Literário A Menina que Comprava Livros, que vai rolar no dia 10 de janeiro, sábado, às 14h, na Livraria da Travessa do Shopping Leblon. Todas as informações estão aqui. Vai ser um prazer reencontrar vocês, queridos! ❤️​


Preconceito e Quadrinhos


E o clássico problema de julgar pela capa e chamar "de menininha" não é o único empecilho que as mulheres autoras enfrentam nos universo dos quadrinhos.

Essa semana recebi uma mensagem muito triste de um leitor. Em suma, ele pediu à sua mãe o livro do Como eu realmente e, depois que ela o folheou na livraria, disse que se recusava a comprar para seu filho um livro "de menininha". Pois é. Só por ter cores claras e uma personagem protagonista feminina, o livro foi automaticamente tachado de exclusivo para portadoras de altas taxas de estrogênio no sangue, mesmo que a grande maioria das situações aqui relatadas sejam universais a todos os gêneros. (Isso quando não é jogado na seção infantil também.)

Essa obsessão por rótulos preconceituosos de grande parte do público inibe inúmeros leitores (ou mães de leitores), principalmente do sexo masculino, porque, apesar de gostarem do material, eles se sentem culpados ao lê-lo, como se estivessem fazendo algo de errado. Vocês ficariam assustados com a quantidade de mensagens que eu já recebi de leitores me perguntando se o Como eu realmente é mesmo só para mulheres, ou se eles podem ler também. É claro que podem! Quem define pra quem ele é são vocês, queridos. O público. E também não precisam me dizer que "gostam muito, apesar de serem homens". Vocês nunca precisam justificar um gosto para alguém. Gosto é gosto, não é vergonha.

Aliás, todos temos o direito de gostar do que quisermos, enquanto não estivermos prejudicando ninguém, assim como todos temos o dever de respeitar o gosto das outras pessoas.

Então é essa a minha mensagem final: nunca permitam que o preconceito imponha limites a vocês, e muito menos deixem que o julgamento alheio os impeça de serem quem realmente são. Vocês mesmos.




Falando em mulheres nos quadrinhos, tem projetos lindos para incentivar o crescimento das nossas amigas nesse ramo. Super recomendo pra quem quiser acompanhar ou apoiar de qualquer forma o 1º Encontro Lady’s Comics, que acontecerá em outubro em BH, e o livro da página Mulheres nos Quadrinhos, que já está confirmadíssimo no Catarse. :)